5 dias
Há uns tempos que já foram alguns, escrevi num outro blog um post sobre Sapamurat Niyazor e sobre o regime político arrepiante que ele, de forma tão discreta, levava a cabo no Turquemenistão. A verdade é que este homem era uma réplica viva de Stalin, que fazia do Turquemenistão algo semelhante à Coreia do Norte, mas mais quietinho no seu lugar.
Ontem morreu!
Aos 66 anos Niyazor deixa o seu país pior e mais miserável do que era há 20 anos atrás quando assumiu o poder, mesmo apesar de estar agora majestosamente pintalgado de estátuas em ouro bruto, respresentando a sua balofa pessoa por todo o país.
E isto é bom?! Pois, não!
A verdade é que Sapamurat (para alguns, leitecomchocolat) não deixou herdeiro previsível, pois morreu repentinamente de ataque cardíaco e assim vagou o trono que lhe estava subordinado por autoproclamação de forma vitalícia (daí que agora termine...). Portanto assim estamos numa situação em que a quinta maior reserva de gás natural do Mundo - com poder de mercado bastante sobre a Europa para lhe criar problemas que põem em causa a segurança do seu abastecimento - não tem líder, nem quem saiba liderar a escolha democrática de um (ou pelo menos quem esteja disposto a isso!). Os interesses chovem agora de todos os cantos sobre a eleição de novo líder para o Turquemenistão: Rússia, Europa e Ásia têm os olhos postos sobre este país que ainda ontem era só um monte de estátuas de ouro e de gás barato!
Amanhã, já se está a ver, outro qualquer maroto salta para o trono, empurrado por quem mais força soube fazer, e faz o que bem quiser dos turcomenos, que a todos nós tanto nos faz desde que o gás continue a circular pelos gasodutos.
Mas isto como é óbvio não funciona muito bem assim...
O Turquemenistão anda à deriva e com ele carrega boa parte do nosso Bem-Estar, por isso tenho a impressão que não seria má ideia ter mais em consideração bacanos como o Sapamurat (para outros tantos, Cabeçadealicate) que mesmo mortos nos podem dar bastantes problemas. Mas isto antes que morram...
O turquemenistão está porém todo saitsfeito, pois uma vez na vida apareceu no mapa! É como a aldeia de Santa Comba de Albrunelos, que veio num noticiário no Verão de há três anos, quando a Dona Clementilde lhe deitou fogo.
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