Sunday, January 28, 2007

Primeiras impressões



Nós e os espanhóis ao pé da Red Light...


Centraal Station














Busy Amsterdam











Eu e o Mark na melhor festa so far... The dutch borrel.








Lucia, Dominic, Pablo and Laida. All spanish but Dominic, she's canadian.









Rita e Anastacios (meio alemao meio grego, a quem eu comecei por chamar Amadeus) e Sílvia




Jazz (scottish, muito simpática) e Folke (sweddish). Zé Miguel e Sílvia on the background. O Zé Miguel é um português que está a estudar em Brighton e fez 2 Erasmus. O primeiro semestre foi em Estocolmo e o segundo vai ser aqui. O sítio é o Bulldog, uma das coffeeshops mais conhecidas da cidade, em Leidsplein







Rita e Sílvia na Leidsplein, centro da cidade.









Vista do 4º, no 12º e último andar da Voorburgstraat. O meu roommate não é a pessoa mais simpatica do mundo mas também não chateia nada...


Primeiras impressões:

1 - Os holandeses são extremamente abertos a todo o tipo de experiências. Por exemplo, nos intrduction days, houve uma pequena palestra sobre como tomar devidamente drogas e sobre os potenciais perigos de se fumar quando se está bebado.



2 - Aviso este que, estupidamente, não segui. Resultado: um verdadeiro filme de terror quando cheguei ao quarto para (tentar) dormir. A erva que tinha fumado era fortíssima e os meus sentidos estavam a 200% ao mesmo tempo que o coração rebentava. O pânico foi tanto que me serviu de lição para os próximos meses.


3 - Quando se fala do "espírito" de Erasmus, nãp é uma tanga qualquer inventada por um nerd. Existe mesmo um espírito de Erasmus, que envolve essencialmente boa onda e desprendimento emocional

4 - Amesterdão é bem mais bonito do que a minha impressão interrailer de 3 noites... É no entanto uma cidade muito complicada em termos geográficos, devido às suas 250 pontes... Por isso não quero cá sermões de quem me venha visitar sobre o conhecimento que devia ter e não tenho de como chegar a certos sítios.


5 - 95% das prostituas da red light são disgusting



6 - Foi a industria porno que adoptou o XXX de Amesterdão como seu símbolo e não o contrário. E não, este XXX nada tm a ver com prostitutas ou sexo.








Thursday, January 25, 2007

Liberdade de expressao

Epah...!
(Posição transitória - Coço a cabeça do lado direito; franzo a testa até aos olhos, duas fissuras rectilíneas mais que formas ovais; contraio bochechas para cima e sorrio desgosto, mal-estar, inconformação, lamentação; afundo o queixo no pescoço; costas contraídas e curvilíneas de tão endireitadas; pulmões cheios de ar; e...)
Não gosto dos Xutos!
(... desabafo!)
Epah não gosto!
Não gosto da música, não gosto das letras, muito menos da mensagem que trazem, mas acima de tudo odeio o gajo! Faz-me lembrar um talhante que é motard nos tempos livres! E sempre que o vejo só o imagino num dos seus festivais em Faro, empunhando uma transbordante jola de meio litro na mão, calças de ganga cinzenta/preta, cinto da Levi's por apertar, tronco nu com pança a transbordar até quase não se ver braguilha nenhuma e bandeira de Portugal na cabeça a fazer de lenço!
Ainda se soubesse cantar... mas não!
Odeio os Xutos!
Mesmo!
Por outro lado, uma coisa que aprecio bastante é "Ouvir Os Xutos Com Os Meus Amigos e Alarvar Que Nem Um Bom Javarde", mas tem que ser tudo junto.

Monday, January 22, 2007

Samba

Hoje estive a dançar musica brasileira. Foi porreiro, aquela gente tem qualquer coisa que me faz sorrir. Não sei se é a despreocupação, ou o ritmo, talvez o sotaque...Adiante, lá estava eu na minha tentativa de samba, e até tenho que dizer que nem me saia nada mal, quiçá tenha sido a energia transmitida por aquela musica (tocada ao vivo, é claro), quiçá porque estava bebido e todos os que estão nesse estado julgam que nasçeram para dançar, quando reparei que enquanto "sambava" uma espécie de iman me arrastava até mais perto dos instrumentos, dos artistas, e fazia-me furar a multidão.De repente, esbarrei-me num gorila, daqueles com braços e pescoço bem mais largos que as minhas pernas, gel no cabelo, e microfone junto ao focinho.Ao que parece, pisei o risco. Ou melhor, toquei na fita. Estava prestes a entrar na zona proibida.Nisto vejo-o, (ele era a razão daquela fronteira). A ele, que não passa de um gajo bem feinho, coitado (Que tromba mais mal parida!) tiravam-lhe fotografias atrás de fotografias, que os gorilas tratavam de pronto eliminar.Não fosse ele o melhor jogador de futebol do mundo, e eu certamente não teria percebido a razão de tal aparato.Uns metros mais à frente, a fumar uma cigarrada, e também de barrete, vislumbrava-se o mágico Deco.(Gostava de saber quanto é que estes Deuses davam para serem Pessoas)

Sunday, January 21, 2007




So it begins...

Ursinhos

Não sei se questionar determinadas coisas que assumimos como certas no dia-a-dia pode ser uma grande vantagem ou uma grande perda de tempo. Sei porém que hoje questionei uma delas. E embora de interessante o assunto tivesse pouco, pode porém servir de exemplo para como questionar outras certezas das quais exemplos não sou capaz de dar - qualquer coisa de que tenham a certeza serve...
Estava com a Joana e estava rabugento, pois a Joana, de tanto em tanto tempo, tem esta capacidade passiva de me estimular a hormona da rabugice. Estava à espera do eléctrico. Estava com tosse e dores de cabeça. Estava frio. Estava mal disposto.
Para mim há duas formas de me comportar quando estou mal disposto: uma delas é estar calado e falar apenas o essencial em forma de grunhido; a outra é totalmente oposta e passa por me abstrair da má disposição tentando concentrar-me noutras coisas, falando sem parar de cada assunto por mais desinteressante que seja.
Foi a segunda opção que inconscientemente escolhi para hoje.

Havia um outlier na paragem do strasse bahn que tinha dois ursos polares muito queridos a fazer patinagem no gelo e a convidar-nos a nós também, para que patinemos com eles, algures no Stadtpark.
Parece perfeitamente aceitável esta imagem. Mas hoje pareceu-me horrenda.
É que os ursos não são queridos! São Maus!
Toda a gente sabe como é perigoso encontrar um urso selvagem no meio de qualquer bosque. São bichos perigosos e imprevisíveis, que atacam sempre que se sintam ameaçados. E sentem-se ameaçados por tudo e por nada, nem que seja por estarmos a mijar atrás da árvore, onde está a colmeia de onde eles de forma tão querida roubam o mel. São mesmo um bicho que eu odiava encontrar aí na rua. Talvez tanto como encontrar um tubarão na minha banheira ou uma cobra na minha árvore de Natal.
Porém e todavia, quando toca a falar de bichinhos queridos às crianças, o urso é logo o primeiro. Mesmo antes do coelhinho, que coisa mais inofensiva não existe. Tanto que os peluches mesmo que sejam coelhos se chamam "urso-de-peluche" tudo junto! E quando se trata de convidar pessoas para um programa em família, daqueles para fazer as crianças rir e brincar e estar contentes, desenham-se também ursinhos polares com barretes e sorrisos bochechudos. A verdade é que se lá estivessem mesmo dois ursos polares a patinar no ringue de Stadtpark, não haveria nem brincadeira nem sorrisos, mas antes muitas e peludas bofetadas, salpicos de sangue e grande chacina das criancinhas menos desenrascadas na sua fuga.

Fez-me um bocado de confusão esta coisa dos ursos na paragem do eléctrico e comentei isto com a Joana que me disse "Ah é porque são peludos e queridos de aparência.". Faz sentido mas mais que peludos são uns badochas mega pesados, com os meus oitenta quilos em cada uma das suas patas. E o focinho só é querido quando têm a boca fechada, pois não há coisa mais medonha que quando a abrem para rugir.

Que os golfinhos sejam dados como queridos, e que os tubarões tenham inveja, tudo bem, eles merecem ser queridos porque o são de verdade. Mas os ursos não são queridos! São maus que nem cobras e como cobras deviam ser dados! Para fofinhos e peludos há vários outros candidatos como por exemplo (e insisto) o coelho!
Os mamutes também são peludos e ninguém os acha queridos! Só fofinhos como um avô o que é perfeitamente aceitável...

Sendo assim, deixo aqui um aviso para os meus mais jovens leitores:
Quando virem um urso dos grandes que não use pijama, POR FAVOR NÃO CORRAM de braços abertos para ele!

Tuesday, January 09, 2007

2007 a abrir em grande!

Depois de uma passagem de ano excelente até ao momento em que o Vodka tomou conta de mim, comecei o ano um bocadinho doente, mas rapidamente, numa viagem de carro a caminho de Granada, tudo melhorou.
Fiz uma viagem de uma semana onde tive o prazer de conhecer a beleza de Alhambra, perto de Granada, a espectacular cidade de Sevilha, e a capital Madrid.
Fui com os amigos holandeses, Arjen e David, e com o Françês Liam. Incrivéis as semelhanças entre a nossa maneira de pensar e dos holandeses e de esperar algumas diferenças no que aos franceses diz respeito. Boa despedida para o David, que vai já amanhã embora de Barcelona, de volta à sua (boa) vida de Amsterdão
Não só conheci cidades que valhem a pena conhecer, como conheci pessoas que valhem a pena conhecer. Foi bom estar de volta ao clima de Inter-rail, o vai-e-vem dos Hostels, as conversas unicas e irrepetiveis, as noites à descoberta das cidades por conhecer e a despedida da boa vida.
Agora, é estudar! Até ao fim de Janeiro tenho 4 exames e há que estudar para cumprir os minimos. Na certeza porém, que há ainda muito para fazer. Por isso o meu plano é estudar entre as 2 as 8 e espremer o resto do dia para fins de satisfação pessoal.
Bom ter-me apercebido que não é preciso ir muito longe para viajar, que viajar é mais um estado de espirito
Muita coisa boa para ver ainda em Portugal, e Espanha!
Se forem a Granada, não deixem de ir ao Funky Hostel, grande bar no terraço, propicio a conhecer viajantes, daqueles que tem tempo para passar em cidades cujos seus conterraneos provavelmente desconhecem.

Fiquei com muita sede de viajar. A ver vamos o que me reserva este Verão

Monday, January 01, 2007

!saicnalubmA

Descobri ontem uma coisa muito engraçada. É que em Viena a passagem de ano se festeja na rua com sirenes de ambulâncias a funcionar durante toda a noite mas especialmente por volta da meia noite!
A verdade é que até à meia noite de ontem não entendi muito bem se se estava a festejar qualquer coisa nesta cidade (como o ano novo, por exemplo!), ou se por outra se estava a entrar em guerra por qualquer razão que eu desconhecesse, pois notícias não é coisa a que eu dê muita atenção ultimamente. Esplodiam foguetes que mais pareciam anti-aéreas em toda a cidade, incendiados por uma espécie de pirotécnicos amadores à paisana! Raramente os apanhei iluminando o rastilho das metralhadoras, mas quando o consegui a imagem que obtia era a dum fanático aos pulinhos excitados e pequeninos, de ombros contraídos e de queixo colado ao peito, segurando os olhos atentos ao isqueiro que seguravam numa mão e ao canudo que agarravam na outra, mortinhos por fazer mais um buraquinho no céu!

Durante o dia o 'rá-tá-tá tá TUM' era só isso e mais nada, nem tinha muita piada, parecia só que se estava a viver no Darfur por um dia, embora fizesse um pouco mais de fresquinho! Já à noite a festarola de foguetes anti-aéreos tem muito mais graça, porque vem seguido de 'inóins' por todo o lado: é que à noite as milícias perdem a paciência e saem à rua com a artilharia pesada: garrafas de champagne que servem de base de lançamento para foguetes daqueles com um cone invertido e encarnado como cabeça e riscas azuis e brancas no resto do corpo, todo ele amarrado a um pau de madeira, fazendo lembrar os do coyete que queria apanhar o Bip-Bip! Claro que um ou outro foguete acaba mesmo em jeito Bip-Bip, de modo que aparecem aqui e ali, em jeito de decoração de fim de ano, bonecos de perna furada e esgar risonho como quem diz "Ena que este ano é que vai ser! Nem dois minutos passaram e já uma perna esquartejei!", mas em alemão! Então vêm os 'inóins' que nem jeeps em campo de batalha e os bonecos são recolhidos de bom humor!
Fantástico e bestial não é?!

De vez em quando ainda acho que vivo numa cidade civilizada.

"Épi níu íar!"